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1.
Int. j. cardiovasc. sci. (Impr.) ; 37(suppl.1): 66-66, abr. 2024. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1538234

RESUMO

INTRODUÇÃO: A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) pode apesentar, como consequência de alterações estruturais e fisiopatológicas dessa prevalente cardiopatia, a fibrilação atrial (FA) e a obstrução de via de saída de ventrículo esquerdo (VSVE), conferindo maior morbimortalidade ao paciente. Assim sendo, preconiza-se, em portadores de CMH, o controle de ritmo, além da terapia de redução septal (TRS), em casos sintomáticos refratários com gradiente de VSVE superior a 50mmHg. Devido às inerentes complicações da miectomia, novas técnicas de TRS menos invasivas estão sendo utilizadas, como ablação septal por radiofrequência. Descrevemos um raro caso de procedimento combinado de ablação de FA e septal em paciente com CMH obstrutiva sintomática com posterior remodelamento de átrio esquerdo (AE). DESCRIÇÃO DE CASO: Mulher, 56 anos, portadora de CMH obstrutiva, com gradiente de VSVE de 90 mmHg ao repouso, sintomática, refratária ao tratamento clínico (classe funcional III segundo New York Heart Association - NYHA), associada à FA paroxística. Apresentava função biventricular preservada, com aumento importante de AE (diâmetro e volume indexado de 59 mm e 138 ml/m², respectivamente), além de insuficiência mitral importante relacionada ao movimento anterior sistólico da valva mitral. Optado pela ablação de FA (veias pulmonares) e septal interventricular por radiofrequência, por vias transseptal e retroaórtica, de modo respectivo. Houve redução aguda do gradiente de VSVE para 20 mmHg, com extubação precoce e alta hospitalar em 5 dias. Após dois meses, paciente encontrase oligossintomática (NYHA II), em ritmo sinusal e com ecocardiograma evidenciando redução de AE (diâmetro de 42 mm e volume indexado de 74 mL/m²). CONCLUSÃO: Estudos recentes mostram eficiência e segurança na ablação septal por radiofrequência, devido a maior precisão da lesão em região mais espessa septal e consequente controle de sua extensão. A realização desse procedimento combinado à ablação de FA nunca foi descrita, e apresentou resultado satisfatório clínica e hemodinamicamente. Devido à redução do gradiente de VSVE e do refluxo mitral, houve diminuição das dimensões de AE, de forma precoce, o que objetivamente impacta na redução de recorrência de FA e na qualidade de vida desses pacientes.


Assuntos
Ablação por Cateter
2.
Int. j. cardiovasc. sci. (Impr.) ; 37(suppl.1): 69-69, abr. 2024. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1538239

RESUMO

INTRODUÇÃO: O transplante cardíaco (Tx) é a opção terapêutica de escolha para o tratamento da insuficiência cardíaca grave apesar do tratamento clínico otimizado. Está associado à sobrevida média de 12 anos. Complicações precoces como falência do enxerto, infecções oportunísticas e rejeição aguda; e tardias como doença vascular do enxerto e neoplasias limitam a sobrevida a longo prazo. Descrevemos caso de paciente (P) que sobrevive há 30 anos e 6 meses após tx cardíaco. MÉTODO: estudo retrospectivo e observacional RELATO DE CASO: masculino, 66 anos de idade, branco, com antecedentes de doença reumática, com duas trocas valvares mitral e aórtica em 1972 e 1981. Evoluiu com disfunção ventricular grave e Insuficiência Cardíaca CF III/IV refratária à terapêutica otimizada e função renal normal.Em 1992, aos 34 anos, submetido a TX cardíaco ortotópico biatrial doador masculino de maior peso corporal. Apresentou como única complicação no pós operatório precoce quadro psicótico relacionado a corticoesteróides. Foi medicado com ciclosporina e dose baixa de azatioprina. Não apresentou quadro de rejeição aguda nem infecção oportunista. Nos primeiros 20 anos de TX, não teve qualquer complicação e função renal normal. Em 2012, evidenciou-se aneurisma de aorta ascendente de 52mm, além do nível de sutura da aorta. Optado por observação clínica. Apesar de átrios muito aumentados, (AE de 71MM e vol index de 96ml/m2) não foi registrado nenhum episódio de arritmia atrial e a função biventricular permaneceu normal durante toda evolução. A partir de 2012 foi evidenciada proteinúria de em torno de 183mg/dl até 916mg/dl em amostra isolada. Em 2021 apresentou pré-síncope e foi evidenciado insuficiência tricúspide importante. Vem evoluindo com Insuficiência cardíaca direita e piora da função renal. Realizou implante de tricvalve e evoluiu sem melhora. COMENTÁRIOS E CONCLUSÕES: Sobrevida a longo prazo com boa qualidade de vida é possível após o transplante cardíaco ortotópico. Neste paciente, não ocorreram nem as clássicas complicações precoces nem tardias. A grande dilatação atrial pela técnica biatrial não foi correlacionada à ocorrência de arritmias atriais mas sim à dilatação anular tricúspide e ocorrência de Insuficiência tricúspide tardia que limita atualmente a qualidade de vida do paciente.


Assuntos
Humanos , Masculino , Idoso , Taxa de Sobrevida , Transplante de Coração , Insuficiência Cardíaca
3.
Int. j. cardiovasc. sci. (Impr.) ; 37(suppl.1): 92-92, abr. 2024. tab
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1538257

RESUMO

INTRODUÇÃO: Sendo p.V50M e p.V142I as variantes mais comuns associadas à amiloidose por transtirretina hereditária (ATTRh), pode haver uma errônea correlação de que a doença se manifeste apenas em idosos já que a apresentação clínica em seus portadores geralmente se inicia tardiamente, em meia idade e acima de 60 anos, respectivamente. Entretanto, existem outras variantes que podem determinar quadro clínico mais grave e precoce. Descrevemos uma série de casos com início em idade inferior a 25 anos associados à identificação de variante rara no gene TTR. MÉTODOS: Estudo observacional de série de casos RESULTADOS: Três pacientes (p) masculinos, aparentados, portadores de ATTRh confirmada por teste molecular positivo para a variante patogênica p.F64S, com idade média de apresentação clínica de 19±3 anos. Características basais dos p expressas na tabela 1. Todos os p apresentavam fenótipo misto, sendo portadores de polineuropatia grave, disautonomia (expressa por disfunção erétil, hipotensão e alterações digestivas) e cardiopatia em graus variáveis, mais evidente no p com instalação da doença há mais tempo. Espessura média do septo de 15,6±4 mm e de 13±3 mm, da parede posterior. Um p apresentou derrame pericárdico volumoso recorrente. Nenhum óbito ocorreu durante o seguimento. Todos os p receberam tratamento específico para amiloidose: o caso índice foi submetido a transplante hepático, outro está recebendo um silenciador gênico (eplontersen em protocolo clínico) e, o último, em uso de tafamidis 20mg. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: descrevemos 3 p aparentados, que apresentaram os primeiros sintomas de ATTRh aos 20 anos de idade com fenótipo misto (polineuropatia e cardiopatia), determinada pela variante p.F64S. Esta variante é muito rara e encontramos 7 casos descritos na Literatura, todos muito jovens que apresentaram fenótipo predominante de polineuropatia, mas a maioria com cardiopatia associada. A variante p.V50M também pode ocorrer em jovens na forma precoce da doença, porém isto ocorre em torno da terceira década de vida. Conclui-se que a amiloidose não deve ser encarada como uma doença exclusiva da população idosa. A forma hereditária pode ocorrer em p mais jovens e a idade de início do quadro dependerá da variante encontrada. Deve-se, portanto, considerar amiloidose como diagnóstico diferencial das hipertrofias ventriculares em jovens.


Assuntos
Humanos , Adolescente , Adulto , Amiloidose Familiar , Genética , Cardiopatias
4.
Int. j. cardiovasc. sci. (Impr.) ; 37(suppl.1): 97-97, abr. 2024. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1538351

RESUMO

INTRODUÇÃO: A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a cardiopatia genética mais frequente conhecida, acometendo 1 cada 500 indivíduos. Caracterizada pela hipertrofia ventricular, pode resultar, em certos casos, na obstrução na via de saída de ventrículo esquerdo (VSVE) quando seu gradiente é igual ou superior a 30mmHg, conferindo maior morbimortalidade. Nestes casos, quando refratário ao tratamento clínico, é indicada a miectomia, padrão ouro como intervenção invasiva. DESCRIÇÃO DO CASO: Homem, 51 anos, previamente portador de diabetes, hipertensão e hipotireoidismo, com antecedente de CMH septal assimétrica obstrutiva, apresentando septo basal de 18 mm, com gradiente de VSVE de 43 mmHg ao repouso e de 91 mmHg à valsalva, em Classe funcional (CF) III. Deu entrada em serviço de referência em Cardiologia com quadro de Infarto agudo do miocárdio com supradesnível de ST (IAMCSST) anterior extenso, sendo submetido à angiografia coronariana de emergência, que evidenciou lesão grave proximal em artéria descendente anterior, tratada por angioplastia primária com stent farmacológico, com sucesso. Ressonância cardíaca da ocasião evidenciou disfunção grave de VE (fração de ejeção de 34%), acinesia anterosseptal com realce tardio, sendo iniciado tratamento otimizado para insuficiência cardíaca. Após 6 meses, paciente evoluiu de forma satisfatória, assintomático, em CF I. Realizados novos ecocardiograma e ressonância, que evidenciaram melhora da função de VE (fração de ejeção de 57%), com redução do septo basal (14 mm) e consequente resolução da obstrução de VSVE (gradiente máximo após valsalva de 22 mmHg). CONCLUSÃO: Trata-se de um raro caso de CMH cuja obstrução da VSVE se resolveu após IAMCSST, devido à redução septal após evento isquêmico, muito semelhante ao que ocorre nos atuais tratamentos invasivos, como miectomia ou ablação alcoólica septal.


Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Cardiomiopatia Hipertrófica , Disfunção Ventricular Esquerda , Infarto do Miocárdio
5.
Fernandes, Fabio; Simões, Marcus V.; Correia, Edileide de Barros; Marcondes-Braga, Fabiana G.; Coelho-Filho, Otavio Rizzi; Mesquita, Cláudio Tinoco; Mathias-Junior, Wilson; Antunes, Murillo; Arteaga-Fernández, Edmundo; Rochitte, Carlos Eduardo; Ramires, Felix José Alvarez; Alves, Silvia Marinho Martins; Montera, Marcelo Westerlund; Lopes, Renato Delascio; Oliveira-Junior, Mucio Tavares; Scolari, Fernando L.; Avila, Walkiria Samuel; Canesin, Manoel Fernandes; Bocchi, Edimar Alcides; Bacal, Fernando; Moura, Lídia Ana Zytynski; Saad, Eduardo Benchimol; Scanavacca, Mauricio I.; Valdigem, Bruno Pereira; Cano , Manuel Nicolas; Abizaid , Alexandre; Ribeiro, Henrique Barbosa; Lemos-Neto, Pedro Alves; Ribeiro, Gustavo Calado de Aguiar; Jatene, Fabio Biscegli; Dias, Ricardo Ribeiro; Beck-da-Silva, Luis; Rohde, Luis Eduardo P.; Bittencourt, Marcelo Imbroinise; Pereira, Alexandre; Krieger, José Eduardo; Villacorta, Humberto; Martins, Wolney de Andrade; Figueiredo-Neto, José Albuquerque de; Cardoso , Juliano Novaes; Pastore, Carlos Alberto; Jatene, Ieda Biscegli; Tanaka, Ana Cristina Sayuri; Hotta, Viviane Tiemi; Romano, Minna Moreira Dias; Albuquerque, Denilson Campos de; Mourilhe-Rocha, Ricardo; Hajjar, Ludhmila Abrahão; Brito, Fabio Sandoli de; Caramelli , Bruno; Calderaro, Daniela; Farsky, Pedro Silvio; Colafranceschi , Alexandre Siciliano; Pinto, Ibraim Masciarelli; Vieira , Marcelo Luiz Campos; Danzmann, Luiz Claudio; Barberato , Silvio Henrique; Mady, Charles; Martinelli-Filho, Martino; Torbey , Ana Flavia Malheiros; Schwartzmann, Pedro Vellosa; Macedo, Ariane Vieira Scarlatelli; Ferreira , Silvia Moreira Ayub; Schmidt, Andre; Melo , Marcelo Dantas Tavares de; Lima-Filho, Moysés Oliveira; Sposito, Andrei C.; Brito, Flavio de Souza; Biolo, Andreia; Madrini-Junior, Vagner; Rizk, Stéphanie Itala; Mesquita, Evandro Tinoco.
Preprint em Português | SciELO Preprints | ID: pps-8394

RESUMO

Hypertrophic cardiomyopathy (HCM) is a form of genetically caused heart muscle disease, characterized by the thickening of the ventricular walls. Diagnosis requires detection through imaging methods (Echocardiogram or Cardiac Magnetic Resonance) showing any segment of the left ventricular wall with a thickness > 15 mm, without any other probable cause. Genetic analysis allows the identification of mutations in genes encoding different structures of the sarcomere responsible for the development of HCM in about 60% of cases, enabling screening of family members and genetic counseling, as an important part of patient and family management. Several concepts about HCM have recently been reviewed, including its prevalence of 1 in 250 individuals, hence not a rare but rather underdiagnosed disease. The vast majority of patients are asymptomatic. In symptomatic cases, obstruction of the left ventricular outflow tract (LVOT) is the primary disorder responsible for symptoms, and its presence should be investigated in all cases. In those where resting echocardiogram or Valsalva maneuver does not detect significant intraventricular gradient (> 30 mmHg), they should undergo stress echocardiography to detect LVOT obstruction. Patients with limiting symptoms and severe LVOT obstruction, refractory to beta-blockers and verapamil, should receive septal reduction therapies or use new drugs inhibiting cardiac myosin. Finally, appropriately identified patients at increased risk of sudden death may receive prophylactic measure with implantable cardioverter-defibrillator (ICD) implantation.


La miocardiopatía hipertrófica (MCH) es una forma de enfermedad cardíaca de origen genético, caracterizada por el engrosamiento de las paredes ventriculares. El diagnóstico requiere la detección mediante métodos de imagen (Ecocardiograma o Resonancia Magnética Cardíaca) que muestren algún segmento de la pared ventricular izquierda con un grosor > 15 mm, sin otra causa probable. El análisis genético permite identificar mutaciones en genes que codifican diferentes estructuras del sarcómero responsables del desarrollo de la MCH en aproximadamente el 60% de los casos, lo que permite el tamizaje de familiares y el asesoramiento genético, como parte importante del manejo de pacientes y familiares. Varios conceptos sobre la MCH han sido revisados recientemente, incluida su prevalencia de 1 entre 250 individuos, por lo tanto, no es una enfermedad rara, sino subdiagnosticada. La gran mayoría de los pacientes son asintomáticos. En los casos sintomáticos, la obstrucción del tracto de salida ventricular izquierdo (TSVI) es el trastorno principal responsable de los síntomas, y su presencia debe investigarse en todos los casos. En aquellos en los que el ecocardiograma en reposo o la maniobra de Valsalva no detecta un gradiente intraventricular significativo (> 30 mmHg), deben someterse a ecocardiografía de esfuerzo para detectar la obstrucción del TSVI. Los pacientes con síntomas limitantes y obstrucción grave del TSVI, refractarios al uso de betabloqueantes y verapamilo, deben recibir terapias de reducción septal o usar nuevos medicamentos inhibidores de la miosina cardíaca. Finalmente, los pacientes adecuadamente identificados con un riesgo aumentado de muerte súbita pueden recibir medidas profilácticas con el implante de un cardioversor-desfibrilador implantable (CDI).


A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma forma de doença do músculo cardíaco de causa genética, caracterizada pela hipertrofia das paredes ventriculares. O diagnóstico requer detecção por métodos de imagem (Ecocardiograma ou Ressonância Magnética Cardíaca) de qualquer segmento da parede do ventrículo esquerdo com espessura > 15 mm, sem outra causa provável. A análise genética permite identificar mutações de genes codificantes de diferentes estruturas do sarcômero responsáveis pelo desenvolvimento da CMH em cerca de 60% dos casos, permitindo o rastreio de familiares e aconselhamento genético, como parte importante do manejo dos pacientes e familiares. Vários conceitos sobre a CMH foram recentemente revistos, incluindo sua prevalência de 1 em 250 indivíduos, não sendo, portanto, uma doença rara, mas subdiagnosticada. A vasta maioria dos pacientes é assintomática. Naqueles sintomáticos, a obstrução do trato de saída do ventrículo esquerdo (OTSVE) é o principal distúrbio responsável pelos sintomas, devendo-se investigar a sua presença em todos os casos. Naqueles em que o ecocardiograma em repouso ou com Manobra de Valsalva não detecta gradiente intraventricular significativo (> 30 mmHg), devem ser submetidos à ecocardiografia com esforço físico para detecção da OTSVE.   Pacientes com sintomas limitantes e grave OTSVE, refratários ao uso de betabloqueadores e verapamil, devem receber terapias de redução septal ou uso de novas drogas inibidoras da miosina cardíaca. Por fim, os pacientes adequadamente identificados com risco aumentado de morta súbita podem receber medida profilática com implante de cardiodesfibrilador implantável (CDI).

6.
J. card. fail ; 30(1): 134-134, jan. 2024.
Artigo em Inglês | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1532023

RESUMO

INTRODUCTION APOLLO-B is a Phase 3 study of patisiran in patients with transthyretin (ATTR) cardiac amyloidosis (NCT03997383), which demonstrated a significant benefit in functional capacity (6-MWT), and health status and quality of life (QoL) (KCCQ-OS) with patisiran vs placebo at Month (M) 12. HYPOTHESIS Patisiran improves health status and QoL in the daily lives of patients with ATTR cardiac amyloidosis vs placebo. METHODS Patients were 18-85 years old with ATTR amyloidosis and a medical history of heart failure (HF) due to ATTR cardiomyopathy, with ≥1 prior hospitalization for HF or current clinical evidence of HF. Patients were randomized (1:1) to intravenous patisiran 0.3 mg/kg or placebo every 3 weeks. These post-hoc analyses evaluated percentage of responders reporting ≥5-point improvement in KCCQ-OS, and change from baseline in 4 KCCQ domains and questions within the domains. RESULTS 359 patients received study drug (patisiran, N=181; placebo, N=178): median age (range), 76 (41, 85) years; male, 89%; wild-type ATTR, 80%; 25% were on tafamidis at baseline. At M12, patisiran showed significant benefit vs placebo in KCCQ-OS (LS mean [SEM] change from baseline: patisiran, 0.30 [1.26]; placebo, -3.41 [1.28]; LS mean [SEM] difference: 3.71 [1.80]; p=0.0397). A ≥ 5-point improvement in KCCQ at M12 was more frequent with patisiran vs placebo (34.1 vs 24.0%: difference [95% CI] 10.1% [0.7, 19.5]). Improvement vs placebo was consistent across domains, with LS mean differences [95% CI] in change from baseline (patisiran - placebo) in Physical Limitations (2.75 [-1.24, 6.74]), Total Symptoms (4.55 [0.75, 8.34]), QoL (4.27 [-0.12, 8.65]), and Social Limitations (2.76 [-2.21, 7.73]). Categorical changes from baseline to M12 demonstrated greater percentages of placebo-treated patients reporting worsening for questions in each domain, including activities requiring greater cardiometabolic demand. In patients with values at baseline and M12, notably greater percentages (>5%) of placebo- vs patisiran-treated patients reported worsening (percent difference; n=placebo/patisiran) for questions related to Walking 1 Block on Level Ground (10%; n=159/162), Frequency and Burden of Dyspnea (9.5% and 7.6%; n=164/170), Frequency of Orthopnea (9.6%; n=163/170), Feeling about Spending the Rest of Their Life with HF the Way It Is Right Now (6.4%; n=164/170), and Intimate Relationships (6.3%; n=88/86). Improvement from baseline was reported by greater percentages (>5%) of patisiran-treated patients (percent difference; n=patisiran/placebo) in Enjoyment of Life Limited Due to HF (12.8%; n=170/164) and Hobbies/Recreational Activities (6.0%; n=141/143). CONCLUSIONS In APOLLO-B, improvements in health status and QoL with patisiran vs placebo were apparent across all 4 KCCQ domains. Greater percentages of patisiran-treated patients had KCCQ-OS improved by ≥ 5 points at M12 and they more often reported improvements in QoL, and ability to enjoy life and perform hobbies/recreational activities. More placebo-treated patients reported worsening in walking on level ground, HF symptoms and QoL.


Assuntos
Qualidade de Vida , Pré-Albumina
7.
Arq. bras. cardiol ; 120(12 supl.1): 25-25, dez. 2023. ilus.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1519044

RESUMO

Paciente 67 anos, portadora de fibrilação atrial e cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva, com paroxismos de fibrilação atrial sintomáticos, com redução de classe funcional e internações frequentes. Apresenta dispneia a pequenos esforços, evoluindo para dispneia em repouso quando em fibrilação atrial. Apresenta gradiente máximo de 112mmHg provocado. Atrio esquerdo 59mm, volume indexado de 136ml/m2. Presença de insuficiência mitral grave associada a movimento anterior sistólico (SAM) da válvula mitral. Após discussão prolongada optamos por abordar as veias pulmonares associado a estratégia que pudesse mitigar o impacto negativo da insuficiência mitral causada pelo SAM. A ablação foi realizada via transseptal (veias pulmonares) e retoaortica (septo interventricular), como forma de permitir lesões mais prolongadas e evitar danos ao folheto anterior da Válvula mitral. Obtivemos reducao aguda de 84mmHg para 20mmHg (intubada sob anestesia geral). A paciente foi extubada ainda em sala, encaminhada a Uti. A despeito de hematoma inguinal na retirada do introdutor e uma fase inflamatória prolongada nas primeiras 48h, a paciente recebeu alta no 5 dia de pos operatório, assintomática. Este é o primeiro relato de ablação associada em portadora de obstrução grave da via de saída de ventrículo esquerdo. Procedimentos combinados podem ser realizados por equipes experientes, dependendo do reconhecimento de possíveis complicações.

8.
Arq. bras. cardiol ; 120(12 supl.1): 24-24, dez. 2023. ilus.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1518968

RESUMO

Ablação septal por radiofrequência para tratamento de obstrução de via de saída de ventrículo esquerdo é um campo em expansão do tratamento de cardiopatias estruturais, habitualmente realizado por eletrofisiologistas. 70 pacientes portadores de estenose intraventricular sintomática (obstrução de via de saída ou médio ventricular de ventrículo esquerdo) com gradiente máximo obtido de 50mmHg a despeito de uso otimizado de betabloqueadores foram submetidos a ablação por radiofrequência conforme protocolo institucional já publicado em outra ocasião. Todos os pacientes foram submetidos a ablação por cateter de radiofrequência com ponta de 8mm guiado por ecocardiografia transesofagica intraoperatória. O protocolo descrito originalmente em 2022 foi aplicado sequencialmente em 70 pacientes, com idade média de 56,8 +-17,4anos, gradiente médio de 88,6 +-33mmhg, 69,7% de mulheres. O tempo médio de internação dos pacientes foi de 3 dias em Uti e 1 em enfermaria. Ao longo do primeiro mês dois pacientes foram readmitidos de forma não programada (um paciente com pneumonia bacteriana hospitalar após 5 dias da alta e um paciente com angina secundaria a piora de estenose de ponte miocárdica). Dois pacientes morreram durante a internação (um paciente com provável embolia coronariana após 36h do procedimento e uma com síndrome de takotsubo resolvida seguida por complicações infecciosas após 8 dias de internação). Complicações vasculares (fístula arteriosclerose, pseudoaneurismas demorais ocorreram em 12 casos, com 2 intervenções vasculares com sucesso). Nenhum paciente apresentou lesão do sistema de condução que justificasse uso de marcapasso definitivo. Conclusão: ablação septal por radiofrequência é um procedimento em ascensão, e a segurança intraoperatória depende de protocolos bem definidos e reconhecimento das complicações. Podemos estimar até o momento que uma das maiores series de caso no mundo possa contribuir para estimativa de taxa de complicações.

9.
Value health ; 26(12 suppl)Dec, 2023. ilus
Artigo em Inglês | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1537481

RESUMO

INTRODUCTION: Amyloidosis is a group of protein misfolding disorders leading to organ damage due to insoluble amyloid fibril deposits • The two primary types of cardiac amyloidosis are light-chain amyloid (AL) and transthyretin (TTR) cardiac amyloidosis • TTR amyloidosis can be hereditary (hATTR) or age-related (wtATTR). It is an often-overlooked cause of heart failure in older adults • Recent studies reveal its prevalence in various patient groups: up to 13% in HFpEF, 16% in aortic stenosis patients undergoing valve replacement, 7-8% in carpal tunnel release surgery, and 17% in some other contexts • ATTR-CM is significant in the context of cardiovascular diseases, a leading global cause of death. OBJECTIVE: This study aimed to identify and describe the profile of potential transthyretin cardiac amyloidosis (ATTR-CM) cases in the Brazilian public health system (SUS), using a predictive machine learning (ML) model. MATERIALS AND METHODS: This was a retrospective descriptive database study that aimed to estimate the frequency of potential ATTR-CM cases in the Brazilian public health system (Figure 1) using a supervised machine learning (Figure 2) model, with data extracted from DATASUS outpatient and inpatient datasets from January 2015 to December 2021 • To build the model, a list of ICD-10 codes and procedures potentially related with ATTR-CM was created based on literature review and validated by experts (Figure 3). RESULTS: From 2015 to 2021, the ML model classified 262 hATTR-CM (213 reference hATTR-CIM and 49 hATTR-CM-like) and 1,581 wtATTR-CM (203 reference wtATTR-CM and 1,378 wtATTR-CM-like). Overall, the median age of hATTR-CM and wtATTR-CM patients was 66.8 and 59.9 years, respectively • The ICD-10 codes most presented as hATTR-CM and wtATTR-CM were related to heart failure and arrythmias, with similar procedures performed (Figure 4). Regarding healthcare utilization, hATTR-CM and hATTR-CM-like had similar profiles on proportion of patients with outpatient visits (hATTR-CM 98.0% vs. 92.0% hATTR-CM-like) and different profile related to proportion of hospitalized patients (hATTR-CM 94.4% vs. 32.7% hATTR-CM-like) (Figure 5) • In wtATTR-CM groups, although both proportions on outpatient visits and hospitalizations were similar, the length of stay (LOS) on hospitalizations was different in wtATTR-CM-like (wtATTR-CM median LOS 5.0 (IQR:2.0 - 10.0] vs. median LOS 7.0 [IQR:3.0 - 14.0]). CONCLUSIONS: Our findings may be useful to support decreasing the uncertainties on ATTR-CM population size in Health Technology Assessment appraisals and in the development of healthcare guidelines and policies to address patients' unmet needs and to improve early diagnosis and access to treatment for patients with ATTR-CM in Brazil This study puts a spotlight on the ATTR-CM underdiagnosis in Brazil using a machine learning approach, which can be used as an important tool to support diagnosis improvement.


Assuntos
Humanos , Pré-Albumina , Amiloidose Familiar
10.
Circulation ; 148(Suppl.1)Nov. 7, 2023.
Artigo em Inglês | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1519637

RESUMO

INTRODUCTION: The Phase 3 APOLLO-B study evaluates patisiran in patients (pts) with transthyretin (ATTR) cardiac amyloidosis over a 12-month (M) double-blind (DB) period, followed by an open-label extension (OLE) period when all pts receive patisiran (NCT03997383). Hypothesis: Patisiran provides long-term benefit in pts with ATTR cardiac amyloidosis. Aims: Describe safety and efficacy of patisiran during the APOLLO-B OLE (18M+). METHODS: Pts (18-85 yrs) with ATTR cardiac amyloidosis and heart failure history were randomized 1:1 to patisiran or placebo (pbo). Pts completing DB period were eligible to receive patisiran in the OLE for ≤36M. Results summarized based on DB treatment arm. Exploratory assessments include change from study baseline (CFB) in 6-minute walk test (6MWT), KCCQ-OS, NT-proBNP, and troponin I. RESULTS: In the DB period, 359 pts (pbo n=178; patisiran n=181) received study drug (median [range] age, 76.0 [41, 85] yrs; male, 89%; wtATTR, 80%; tafamidis at baseline, 25%); 334 (93%) entered the OLE. In patisiran arm, M12 and M18 results, respectively, were similar for each endpoint: 6MWT and KCCQ-OS (mean [SEM] CFB) −8.09 [5.73] vs −9.21 [6.04] meters (m) and 0.60 [1.36] vs 0.22 [1.48]; NT-proBNP and troponin I (geometric mean fold-CFB [95%CI]) 1.10 [1.03, 1.17] vs 1.17 [1.07, 1.27] and 1.11 [1.05, 1.18] vs 1.09 [1.01, 1.17]). In pbo arm, patisiran initiation in OLE was associated with a slower rate of worsening or relative stability across endpoints; CFB at M12 vs M18, respectively: 6MWT, −25.43 [5.61] vs −31.08 [5.45] m; KCCQ-OS, −3.41 [1.33] vs −4.02 [1.49]; NT-proBNP, 1.39 [1.28, 1.51] vs 1.53 [1.38, 1.71]; and troponin I, 1.29 [1.21, 1.38] vs 1.21 [1.13, 1.30]. Patisiran had an acceptable safety profile; no new concerns. OLE analyses are ongoing; updated data to be presented. CONCLUSIONS: The M18 results provide evidence that beneficial effects observed in DB period on functional capacity, health status, and quality of life were maintained by continued treatment with patisiran during the OLE. Pbo-treated pts initiating patisiran at M12 showed slowed worsening or stabilization in most endpoints at M18. Early treatment initiation is important: pbo-treated pts did not recover functional capacity or health lost prior to initiating OLE patisiran.

11.
Arq. bras. cardiol ; 120(9 supl. 1): 148-148, set. 2023.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1510970

RESUMO

INTRODUÇÃO: É desconhecido se a linfopenia é um fator de risco para a reativação da Doença de Chagas (RDC) no transplante cardíaco (TxC), como recentemente descrito na reativação de citomegalovírus em pacientes transplantados. O objetivo do estudo é avaliar se a linfopenia no perioperatório do TxC tem relação com a RDC. MÉTODOS: Foram avaliados prontuários médicos (janeiro/2014 a janeiro/2023) em estudo observacional e retrospectivo. A RDC (avaliada nos primeiros três meses após o TxC por meio da reação em cadeia da polimerase/biópsia endomiocárdica) foi comparada com a contagem total de linfócitos no perioperatório do TxC. Análise estatística: Características de base da amostra comparadas por testes exatos de Fisher ou testes t-student. Realizados modelos de risco proporcionais de Cox para mostrar a chance de RDC, a partir dos valores de linfócitos de base. Ajustado modelo considerando os linfócitos como covariável tempo dependente, por razão de risco (HR) com intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS: Amostra (n=35) apresentou idade média de 52,5±8,1 anos, sendo 63% do sexo masculino. A RDC ocorreu em 22 pacientes (62,8%). Os valores mínimos de linfócitos nos primeiros quinze dias do TxC foram 398±189 e 755±303 células/mm³ em pacientes com e sem RDC nos três meses após o TxC, respectivamente (AUC=0,857; com sensibilidade de 83.3% e especificidade de 86.4%). Foi determinado o valor de corte inferior a 550 linfócitos/mm³ como fator de risco para RDC. Pacientes com linfócitos <550 unidades/ mm³ nos primeiros quinze dias do pós-TxC apresentaram RC em 100% dos casos, em até 60 dias do TxC. Para cada aumento de 100 linfócitos/mm³, o risco de RDC é reduzido em 26% (HR = 0.74 [IC95%: 0.59 a 0,93]). CONCLUSÃO: Há associação entre a linfopenia no perioperatório do TxC com a RDC.

12.
Arq. bras. cardiol ; 120(9 supl. 1): 158-158, set. 2023. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1510972

RESUMO

INTRODUÇÃO: Dá-se o nome de necrose caseosa à ocorrência de liquefação do cálcio e formação de pseudotumor no anel fibroso da valva mitral, onde costuma haver intenso depósito de cálcio. Não há descrição na literatura desta ocorrência na pericardite constritiva. Na valva mitral, ocorre com maior frequência nas mulheres idosas e é associada com insuficiência renal e hipertensão arterial. MÉTODOS: estudo observacional de serie de casos. RESULTADOS: relato de quatro pacientes, três deles do sexo masculino, idade média de 48 ± 13 anos, sendo que toda amostra se apresentou com quadro clínico de Insuficiência Cardíaca classe funcional IV por Pericardite Constritiva. Pacientes apresentavam poucas comorbidades, sendo a hipertensão arterial sistêmica e o hipotireoidismo as mais frequentes, com ambas as prevalências de 50%. Fração de ejeção de ventrículo esquerdo preservada em todos os pacientes e hipertensão pulmonar em 50% deles. Hipertensão pulmonar presente em 75% da amostra (Pressão sistólica da artéria pulmonar média de 40 ± 6 mmHg). Todos foram submetidos à tomografia de tórax que evidenciou intensa calcificação pericárdica e massas de contornos irregulares, com área central mais clara circundada por fina camada calcificada ("Figura 1"). Todos foram submetidos ao tratamento cirúrgico (pericardiectomia) sendo evidenciada, na cirurgia, a presença de pseudotumores preenchidos por material pastoso de consistência de "pasta de dente", semelhante ao descrito na necrose caseosa da valva mitral. CONCLUSÃO: descrevemos ocorrência de necrose caseosa na pericardite constritiva, ainda não descrita na literatura. Pelo aspecto de imagem e pelo conteúdo, consideramos tratar-se da mesma patologia. Nestes casos descritos, havia calcificação intensa, levando-se a cogitar que a necrose caseosa está relacionada a esta ocorrência.

13.
Arq. bras. cardiol ; 120(9 supl. 1): 191-191, set. 2023. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1511074

RESUMO

INTRODUÇÃO: A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a cardiopatia genética mais frequente conhecida, acometendo 1 cada 500 indivíduos. Caracterizada pela hipertrofia ventricular, pode resultar, em certos casos, na obstrução na via de saída de ventrículo esquerdo (VSVE) quando seu gradiente é igual ou superior a 30mmHg, conferindo maior morbimortalidade. Nestes casos, quando refratário ao tratamento clínico, é indicada a miectomia, padrão ouro como intervenção invasiva. DESCRIÇÃO DO CASO: Homem, 51 anos, previamente portador de diabetes, hipertensão e hipotireoidismo, com antecedente de CMH septal assimétrica obstrutiva, apresentando septo basal de 18 mm, com gradiente de VSVE de 43 mmHg ao repouso e de 91 mmHg à valsalva, em Classe funcional (CF) III. Deu entrada em serviço de referência em Cardiologia com quadro de Infarto agudo do miocárdio com supradesnível de ST (IAMCSST) anterior extenso, sendo submetido à angiografia coronariana de emergência, que evidenciou lesão grave proximal em artéria descendente anterior, tratada por angioplastia primária com stent farmacológico, com sucesso. Ressonância cardíaca da ocasião evidenciou disfunção grave de VE (fração de ejeção de 34%), acinesia anterosseptal, sendo iniciado tratamento otimizado para insuficiência cardíaca. Após 6 meses, paciente evoluiu de forma satisfatória, assintomático, em CF I. Realizados novos ecocardiograma e ressonância, que evidenciaram melhora da função de VE (fração de ejeção de 57%), com redução do septo basal (14 mm) e consequente resolução da obstrução de VSVE (gradiente máximo após valsalva de 22 mmHg). CONCLUSÃO: Trata-se de um raro caso de CMH cuja obstrução da VSVE se resolveu após IAMCSST, devido à redução septal após evento isquêmico, muito semelhante ao que ocorre nos atuais tratamentos invasivos, como miectomia ou ablação alcoólica septal.

14.
Arq. bras. cardiol ; 120(9 supl. 1): 199-199, set. 2023. ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1511084

RESUMO

INTRODUÇÃO: Há poucos relatos na literatura relacionando pericardite constritiva a trauma torácico fechado, com a maior parte associado ao trauma da pericardiectomia cirúrgica. CASO: Paciente do sexo masculino, 69 anos, tabagista, hígido, apresenta dispneia e sinais de insuficiência cardíaca direita. Foi realizado ecocardiograma com evidência de massa adjacente ao ventrículo direito (VD), de difícil caracterização, causando compressão extrínseca com diminuição da distensibilidade do VD, além de áreas de intensa calcificação pericárdica com distribuição desigual (parede livre de VD, segmento basal da parede lateral de VE, parede inferior do VE) e padrão hemodinâmico de constrição. Realizada tomografia de tórax que evidenciou calcificações pericárdicas, com imagem de "pseudotumor" adjacente ao VD com contorno irregular, calcificação intensa e conteúdo heterogêneo. Submetido a pericardiectomia e ressecção do tumor, com observação intraoperatória de intensa calcificação pericárdica. Em seguimento, paciente referiu trauma torácico fechado há 10 anos por contusão com bovino. Foi descartado tuberculose, neoplasias e doença reumatológica. Em ausência de outra etiologia plausível, assumiu-se o hemopericárdico por contusão cardíaca como causa provável de pericardite constritiva. CONCLUSÃO: Neste caso, destacam-se intensa calcificação pericárdica com efeito de massa compressiva adjacente ao VD e sua distribuição heterogênea, podendo corresponder a distribuição pós-traumática do sangramento. Em conclusão, é crucial expandir a compreensão das causas de pericardite constritiva, especialmente considerando possibilidade de ocorrência subestimada de pericardite constritiva crônica por hemopericárdio associada a trauma por animais, considerando vasta população de trabalhadores rurais no Brasil.

15.
Arq. bras. cardiol ; 120(8 supl. 2): 15-15, ago. 2023. tab., graf.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1516396

RESUMO

FUNDAMENTO: Dá-se o nome de necrose caseosa à ocorrência de liquefação do cálcio e formação de pseudotumor no anel fibroso da valva mitral, onde costuma haver intenso depósito de cálcio. Não há descrição na literatura desta ocorrência na pericardite constritiva. Na valva mitral, ocorre com maior frequência nas mulheres idosas e é associada com insuficiência renal e hipertensão arterial. Delineamento e MÉTODOS: Estudo observacional de serie de casos. RESULTADOS: Relato de quatro pacientes, todos do sexo masculino, idade média de 51±17 anos, sendo que toda amostra se apresentou com quadro clínico de Insuficiência Cardíaca classe funcional IV por Pericardite Constritiva. Pacientes apresentavam poucas comorbidades, sendo a hipertensão arterial sistêmica a mais frequente, com prevalência de 50%. Fração de ejeção de ventrículo esquerdo preservada em todos os pacientes e hipertensão pulmonar em 50% deles. Características demográficas e comorbidades listadas na "Tabela 1". Todos foram submetidos à tomografia de tórax que evidenciou intensa calcificação pericárdica e massas de contornos irregulares, com área central mais clara circundada por fina camada calcificada ("Figura 1"). Todos foram submetidos ao tratamento cirúrgico (pericardiectomia) sendo evidenciada, na cirurgia, a presença de pseudotumores preenchidos por material pastoso de consistência de "pasta de dente", semelhante ao descrito na necrose caseosa da valva mitral. CONCLUSÃO: Descrevemos ocorrência de necrose caseosa na pericardite constritiva, ainda não descrita na literatura. Pelo aspecto de imagem e pelo conteúdo, consideramos tratar-se da mesma patologia. Nestes casos descritos, havia calcificação intensa, levando-se a cogitar que a necrose caseosa está relacionada a esta ocorrência. Palavras-chave: pericardite constritiva; insuficiência cardíaca; IC; necrose caseosa.

16.
ABC., imagem cardiovasc ; 36(3 supl. 1): 11-11, jul.-set., 2023.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1518440

RESUMO

APRESENTAÇÃO DO CASO: Mulher de 27 anos, com relato de dispneia desde a infância, não investigada previamente, encaminhada para cardiologia em 2014 devido piora do quadro, quando além da dispneia, apresentava episódios de cianose aos moderados esforços. Em história familiar, desconhecia informações em parte paterna e com relação à materna, negava doenças genéticas ou cardiopatias hereditárias. Ao exame físico apresenta-se normotensa, em ritmo regular, com presença de turgência jugular, fígado palpável a 5 cm do rebordo costal direito, ausculta pulmonar e cardíaca sem alterações. Exames laboratoriais apenas com aumento do BNP. Radiografia de tórax mostrou aumento da área cardíaca e sinal de duplo contorno atrial. Eletrocardiograma em ritmo sinusal, sinais de sobrecarga atrial direita e biventricular. Ecocardiograma transtorácico mostrou fração de ejeção do ventrículo esquerdo preservada (54% pelo método Simpson), aumento importante biatrial (volume indexado de átrio esquerdo 110ml/m²), presença de sinais indiretos de hipertensão pulmonar, valvas cardíacas sem anormalidades. Presença de afilamento da porção basal do septo interventricular (5 mm) e aumento da espessura dos segmentos médios das paredes do septo e lateral (medindo até 13mm). Observou-se disfunção diastólica (relação E/e­médio=17). E cálculo da deformidade longitudinal do ventrículo esquerdo reduzido (Strain Global Longitudinal do ventrículo esquerdo= 9,8%). Realizado painel genético mais amplo para pesquisa de cardiomiopatias e arritmias, que evidenciou variante heterozigótica provavelmente patogênica identificada no gene TNNI3, com mutação na posição do nucleotídeo 610 (c.610C>T). DISCUSSÃO: A relação entre a cardiomiopatia restritiva (CMR) e mutações na Troponina I (cTnI) foi descrita em 2003 através de estudos em familiares previamente classificados como CMR idiopática e se apresentavam com mutação no gene TNNI3, que codifica a cTnI, concluiuse que o fenótipo da CMR também ocorre com as mesmas mutações genéticas mais comumente associadas à cardiomiopatia hipertrófica. COMENTÁRIOS FINAIS: Os avanços dos estudos genéticos foram de suma importância para diagnóstico de cardiomiopatias até então consideradas idiopáticas, tal relato mostrou o quanto é necessário a ampla investigação para que haja o tratamento mais adequado e planejamento familiar com seguimento mais precoce de parentes portadores da mutação.


Assuntos
Volume Sistólico
17.
ABC., imagem cardiovasc ; 36(2): e20230027, maio 2023. ilus, tab
Artigo em Inglês, Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1435626

RESUMO

INTRODUÇÃO: A avaliação de congestão pulmonar ambulatorial em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER) pode minimizar internações por descompensação e otimizar o uso de diuréticos. OBJETIVO: Comparar o dispositivo dielétrico remoto (DDR), equipamento validado para detectar líquido extravascular pulmonar, com parâmetros clínicos, medidas de ecocardiograma transtorácico (ETT) e ultrassom de pulmão (ULSP). MÉTODOS: Incluímos 38 pacientes do ambulatório de miocardiopatias (63±12 anos; 21 homens). Todos foram submetidos, num período de 24 horas, à avaliação clínica com descrição de dispneia paroxística noturna, edema de membros inferiores (EMI), presença de tonturas; avaliação laboratorial de NT-ProBNP; avaliação pelo DDR e ETT com análise de parâmetros de congestão sistêmica pela veia cava inferior, função do ventrículo direito e de congestão pulmonar, como a avaliação das pressões de enchimento por meio E/e' médio e volume indexado do átrio esquerdo. O ULSP foi realizado com o protocolo de 8 quadrantes anteriores, com contagem de linhas B em um ciclo respiratório. RESULTADOS: 22 pacientes apresentavam DDR ≥ 35% (congestão pulmonar) e 16 pacientes DDR < 35%. Parâmetros clínicos e ecocardiográficos foram comparados com o DDR ≥ 35%. Na análise multivariada, as variáveis superfície corpórea (SC), linhas B e EMI se associaram a DDR ≥ 35%. NT-ProBNP foi semelhante e elevado em ambos os grupos. CONCLUSÕES: O acompanhamento ambulatorial de ICFER para controle volêmico pode ser sensibilizado pela presença de linhas B no ULSP, que apresenta boa correlação com DDR ≥ 35%. NT-ProBNP não foi capaz de diferenciar pacientes com maior grau de congestão detectado pelo DDR.


BACKGOUND: Outpatient assessment of pulmonary congestion in patients with heart failure with reduced ejection fraction (HFREF) can minimize hospitalizations due to decompensation and optimize the use of diuretics. OBJECTIVE: To compare the remote dielectric sensor (REDS), a validated device for detecting pulmonary extravascular fluid, with clinical parameters, transthoracic echocardiogram (TTE) and lung ultrasound (ULSP). METHODS: We included 38 patients from heart failure clinic (63±12 years; 21 men). All were submitted within 24 hours to clinical evaluation with description of paroxysmal nocturnal dyspnea, leg edema (LE), presence of dizziness; laboratory evaluation of NT-ProBNP; evaluation by SDR and TTE with analysis of parameters of systemic congestion by the inferior vena cava evaluation, function of the right ventricle and of pulmonary congestion, such as evaluation of filling pressures by average of E/e' and indexed left atrial volume. The ULSP was performed using the 8 points anterior quadrants protocol, counting B lines in one respiratory cycle. RESULTS: 22 patients had REDS ≥ 35% (indicative of pulmonary congestion) and 16 patients REDS < 35%. Clinical and echocardiographic parameters were compared with REDS ≥ 35%. In the multivariate analysis, the variables body surface area, B lines and LE were associated with REDS ≥ 35%. NT-ProBNP was similar and elevated in both groups. CONCLUSIONS: Outpatient monitoring of HFREF for volume control can be sensitized by the presence of B lines on the ULSP with good correlation to REDS ≥ 35%. NT pro BNP was not able to differentiate patients with congestion detected by REDS.


Assuntos
Edema Pulmonar , Insuficiência Cardíaca , Ultrassonografia , Insuficiência Cardíaca Sistólica
18.
ABC., imagem cardiovasc ; 36(1): e364, abr. 2023. ilus
Artigo em Inglês, Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1425683

RESUMO

RESUMO: Discorre-se o caso de uma paciente de 29 anos com palpitações, dor torácica e dispneia aos esforços, com diagnóstico de fístula coronariana direita e submetida à correção percutânea de trajeto fistuloso com prótese Amplatzer.


ABSTRACT: The authors report the case of a 29-year-old, female patient with palpitations, chest pain, and dyspnea on exertion. The patient was diagnosed with right coronary fistula and underwent percutaneous correction of the fistulous tract with an Amplatzer prosthesis.


Assuntos
Aneurisma Coronário , Cardiopatias Congênitas , Fístula Vascular , Anomalias dos Vasos Coronários
19.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(2B): 119-119, abr. 2023. tab
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1437855

RESUMO

INTRODUÇÃO: A taquicardiomiopatia é definida por disfunção ventricular esquerda reversível atribuída ao aumento da frequência ventricular, independente da origem da taquicardia, na ausência de outra etiologia mais provável. Apresenta-se geralmente por disfunção biventricular moderada a severa, com dilatação das cavidades e ausência de hipertrofia do ventrículo esquerdo (VE). Fibrilação atrial e Flutter de alta resposta ventricular são as mais comuns, no entanto taquicardias ventriculares (TV) também podem ser responsáveis. Os sintomas se apresentam mais precocemente nos pacientes com frequências cardíacas mais elevadas e são principalmente dispneia NYHA III-IV, palpitações e síncope. O tratamento é baseado na supressão da arritmia com medicações antiarrítmicas e/ou ablação além da terapêutica medicamentosa padrão para insuficiência cardíaca (IC). O diagnóstico é confirmado após a recuperação ou melhora da disfunção ventricular dentro de 1 a 6 meses após a resolução da taquiarritmia. MÉTODOS: Estudo de série de casos, retrospectivo e observacional. RESULTADOS: Foram avaliados três pacientes, masculinos, cujas idades eram 19, 23 e 61 anos, todos brancos. A apresentação inicial encontrada foi insuficiência cardíaca inicialmente manejada com betabloqueador, IECA e espironolactona. Disponibilizamos mais dados na tabela 1. Após ablação da TV, os pacientes evoluíram com melhora significativa de classe funcional e incremento da fração de ejeção de VE. O tempo médio de melhora foi de 5 meses e 20 dias após o procedimento e não houve complicações ou mesmo óbitos. CONCLUSÃO: A taquicardia ventricular incessante deve ser lembrada como possibilidade etiológica da disfunção ventricular. A ablação dos focos arritmogênicos pode resultar em recuperação rápida e significativa da disfunção ventricular, mostrando-se uma terapia segura e eficaz.


Assuntos
Cardiomiopatia Dilatada
20.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 33(2B): 120-120, abr. 2023. tab, ilus
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1437857

RESUMO

INTRODUÇÃO: A terapia de redução septal na Cardiomiopatia Hipertrófica Obstrutiva (CMHO) é indicada quando há sintomas refratários à terapêutica otimizada. Dentre estas terapias, recentemente foi proposta a ablação septal por radiofrequência (RF) com cateteres utilizados na eletrofisiologia para ablação de arritmias atriais e ventriculares. A ablação por RF é realizada com auxílio de ecocardiograma transesofágico com melhor controle da área abordada e redução do risco de lesões ao sistema de condução. Este trabalho tem como intuito apresentar uma série de casos de pacientes com CMHO que foram abordados por meio de ablação septal por RF, avaliando-se se a elevação dos níveisséricos de troponina, marcadores de injúria miocárdica,se correlacionam com a redução do gradiente intraoperatório e consequente sucesso terapêutico. MÉTODOS: Estudo observacional, do tipo coorte histórica por análise de prontuário.As variáveis foram descritas por estatísticas de posição e escala para variáveis contínuas e frequências absolutas e relativas para variáveis categóricas (ou categorizadas).As análisesforam realizadas com auxílio do software R (R Core Team, 2022). E os testes de hipótese utilizarão nível de significância de 5%. RESULTADOS: Foram analisados 36 pacientes, sendo 18 (50%) do sexo masculinos, com média de idade de 57.8 anos (DP 10.15 anos). A troponina foi dosada no pré-operatório e no pós-operatório imediato, sendo descrita como número de vezes acima do valor de referência. Observou-se uma elevação acima dos valores de referência em 83,3% dos pacientes analisados, e antes do procedimento, dois pacientesjá apresentavam troponina acima do valor de referência, e se mantiveram acima após. Também se observou uma redução do GVSVE no intraoperatório de 38.3mmHg [30.7 a 45.8] com p<0,01. O gráfico 1 apresenta a relação do logaritmo do número de vezes da troponina acima do valor de referência contra o gradiente máximo pós-procedimento e das respectivas diferenças em relação ao valor de base (pré-procedimento). A correlação de Spearman foi respectivamente 0,47 (p = 0,065), não evidenciando uma correlação entre os achados. CONCLUSÃO: Por ser a troponina um marcador de injúria miocárdica, poderia se correlacionar com a queda do GVSVE na ablação por RF. Todavia, não foi observada tal concordância, apesar dos valores de troponina estarem maiores pós procedimento. Concluímos que a troponina não deve ser usada como marcador de sucesso terapêutico.


Assuntos
Troponina , Ablação por Radiofrequência
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